Quantas pessoas se arrastam por míseros momento felizes.
Tão diversos na vida humana.
Quantos seres se humilham por simplesmente cinco minutos de sexo, e depois se amargam uma eternidade nas consequências.
Quantas vezes não é possível dizer não, porque vergonhosamente se deseja o curto e rasteiro sentimento e/ou sonho que, feito erva daninha, se alastra, mas não serve para nada.
Não é preciso mudar de amigos se entender que os amigos mudam, disse Shakespeare.
Contanto é preciso mudar se os tempos mudam. Não é preciso se fundir a situações que após, não é mais possível desvincular delas.
Já disse Luis Fernando Veríssimo que "A única pessoa realmente livre é aquela que não tem medo do ridículo".
É preciso ousar.
Porque receber visitas num dia que não se estar afim.
Porque trabalhar em algo que não gostas
Porque viver a vida com a qual não sonhou, que não planejou.
Não é fácil responder nem fácil praticar.
Assim não dá para definir o sentido da existência. E estar aqui refletindo sobre a miséria da condição humana é a maior prova da minha indignidade.É o mesmo que olhar para dentro e ver a inevitabilidade da Morte em mim:
Perceber os pedaços de mim que morrem quando não crio minhas próprias opiniões.
Quando choro diante dos obstáculos.
Quando aceito condições a mim alheias.
Fere-me quando perco oportunidades.
Quando não me dou a devida atenção.
Quando tenho pensamentos de auto-destruição.
Quando não honro meus compromissos.
Quando me minusculo a cada dia.
Quão indigna me percebo!
Assim a Morte é inevitável.
Acho até que já morri.
Estou aqui a perturbar o Mundo.
A estender uma frágil e inútil presença.
Sem sentido.
Sem dignidade.
Sem pés no chão.