CONSIDERAÇOES ON THE INFANTILE AUTISMO: USED CONCEPT, SYMPTOMS AND TESTS.
Selma Pereira ______________________________________________________________________
RESUMO
O presente trabalho tem como objetivo revisar as bibliografias e pesquisas sobre o autismo, a partir da noção de que esta síndrome envolve uma série de fatores nas famílias e na sociedade.ao longo de todo o ciclo vital. Partimos também da noção de que é preciso “conhecer para intervir” e o presente trabalho visa apresentar o que é o autismo, na expectativa de apontar para a necessidade de se adotar um modelo que possibilite os diversos meios de envolvimento no processo de adaptação e de avaliação psicológica de crianças na condição autista.
Palavras-chave: Autismo, revisão de literatura, conceitos, estratégias de enfrentamento.
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ABSTRACT
This work aims at reviewing bibliographies and research on autism from the notion that this syndrome involves a series of factors in families and in society. throughout the life cycle. Assume also the notion that we must "know" to intervene, and this work aims to present what is autism, pointing to the need to adopt a model that allows the various means of envolvement in the process of adaptation and psychological evaluation of children in the autista condition.
Word-key: Autismo, revision of literature, concepts, strategies of confrontation.
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INTRODUÇÃO
Destacaremos nesse trabalho as dificuldades enfrentadas nas relações interpessoais de pessoas com autismo, seus comportamentos característicos e o comprometimento de todas as suas habilidades. Faz-se nosso objetivo deste conhecer, definir e conceituar o transtorno autista e apresentar o processo e técnicas de avaliação psicológicas em crianças autistas. Espera-se que a partir do momento em que as famílias/sociedade estejam a par do que é o transtorno Global do Desenvolvimento, possa se extinguir em nosso meio vários mitos a respeito do tema, e, assim, vários direitos na vida da criança deixarão de ser negligenciados.
Para melhor organização e compreensão, foi decisão conjunta expor o tema no mais simples linguajar para que esteja ao alcance do entendimento de todos que queiram se inteirar do que é e de como lidar com o autismo, utilizando-nos de Kanner (1943), Gonzáles e Cols (2007) e Amy (2001).
REFERENCIAL TEÓRICO
1.1.1 - AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA
A avaliação psicológica é uma das grandes contribuições da psicologia para a humanidade. Ela afeta indivíduos, grupos, instituições, abrangendo toda a sociedade. Essa avaliação visa identificar e descrever os comportamentos dos indivíduos, enquadrando-os dentro de uma tipologia, permitindo ao sujeito conhecer mais sobre o outro e também como deve se comportar frente a este. Essa técnica é utilizada em inúmeras situações: contratação, recrutamento, seleção profissional, habilitação, concursos, escolas, diagnósticos dentre várias outras.
É um procedimento que visa avaliar, através de instrumentos, os diversos processos psicológicos que compõe o indivíduo, sendo o psicólogo o único profissional habilitado por lei para exercer essa função devido a graduação em Psicologia que o capacita em diversos aspectos como a teoria, a técnica, a prática, o conhecimento específico. Esta responsabilidade traz também para o psicólogo uma preocupação com uma série de considerações éticas que devem ser seguidas por este principalmente para a preservação da integridade do sujeito avaliado.
1.1.2 - A HISTÓRIA E O VOLTAR DA SOCIEDADE PARA AS ANORMALIDADES MENTAIS
Ao longo da história as “anormalidades” mentais e comportamentais foram vistas com descaso pela sociedade. Pessoas que apresentavam algum tipo de diferença eram tidas em épocas medievais como portadoras de espíritos malignos e eram condenadas a morte.
Graças à formação da Clínica Psiquiátrica com Pinnel criou-se a curiosidade de estudar essas pessoas diferentes, e muitos foram os avanços na medicina psiquiátrica desde então, ainda sim havia um grupo que era passado despercebido, o grupo de crianças, que até então casos de psicoses infantis eram desconhecidas. Em janeiro de 1800 no bosque de Aveyron na França foi encontrado um garoto de aproximadamente 12 anos que chamou atenção dos pesquisadores, esse garoto ficou conhecido como “Menino Selvagem”. Quando estudado por Pinnel foi classificado como um caso de “idiotismo incurável” e por Itard como deficiente mental profundo. Em 1906 Sante de Sanctis relata no artigo científico “Sopra alcuma varietta della demência precoce” dois casos de crianças que apresentavam demência precoce, e classificou os casos como demência precoce catatônica por ser em crianças, desde então vários casos foram relatados com semelhanças.
Leo Kanner apresenta, em 1943, 11 casos clínicos com características semelhantes e percebe nessas crianças comportamentos voltados para si mesmos e os classifica como síndrome de “Kanner” ou autismo, palavra que deriva do termo grego autos= escondidas em si mesmas. Esses casos apresentaram as seguintes características:
a) Incapacidade de manter relações interpessoais com outras pessoas;
b) Incapacidade de falar;
c) Excelente memória de repetição;
d) Ecolalia (se consegue formar frases, a crianças as repete incessantemente sem ao menos saber seu significado);
e) Utilização inadequada de pronomes pessoas;
f) Medo de sons fortes e objetos em movimento.
Essas características fizeram com que Kanner acreditasse que essa síndrome era um transtorno afetivo primário e a deficiência cognitiva um efeito, mas segundo González (2007) outros pesquisadores como Rutter em 1983, demonstraram que o “autismo é um transtorno cognitivo que envolve processos de percepção, atenção, memória e pensamento e que a maioria das crianças autistas sofre também de DM” (Demência Mental).
Kanner trouxe uma grande contribuição para o estudo do autismo e seus relatos desses casos clínicos foi apenas o início da discussão do tema.
1.1.3 - O QUE É AUTISMO
O Autismo é um distúrbio do desenvolvimento humano que se manifesta durante toda a vida. É caracterizado por um quadro comportamental peculiar, que envolve sempre as áreas de interação social, da linguagem/comunicação e do comportamento, em graus variáveis de severidade. O autismo é encontrado em todo o mundo e em famílias de todas as raças, etnias e classes sociais, sendo mais comum em meninos do que em meninas.
embora o Autismo seja bem mais conhecido do que a um tempo atrás, ele ainda surpreende pela diversidade de características que pode apresentar e pelo fato de, na maioria das vezes, a criança autista ter uma aparência bastante normal. De acordo com Kanner, é comum pais relatarem que a criança passou por um “período de normalidade anterior à manifestação dos sintomas”.
Para Kanner,
Quando as crianças com autismo crescem, desenvolvem sua habilidade social em extensão variada. Alguns permanecem indiferentes, não entendendo muito bem o que se passa na vida social. Elas se comportam como se as outras pessoas não existissem, olham através delas como se não estivesse lá e não reagem a alguém que fale com elas ou as chame pelo nome. Freqüentemente, suas faces mostram muito pouco de suas emoções, exceto se estiverem muito bravas ou agitadas. São indiferentes ou têm medo de seus colegas e, muitas vezes, usam o outro como objeto quando querem obter alguma coisa. (pp.18, 19)
1.1.4 - CLASSIFICAÇÃO E CARACTERÍSTICAS DO AUTISMO
Atualmente a classificação na comunidade científica utilizada para diagnóstico de crianças com autismo é o DSM-IV e o CID-10. Com classificações muito semelhantes o DSM-IV o classifica como transtorno autista, dentro da categoria de transtornos generalizados do desenvolvimento e o CID-10 apresentando poucas diferenças, classifica o autismo atípico no mesmo âmbito, ele se diferencia por evidenciar suas características após os 3 anos de idade ou por não apresentar uma das três dimensões patológicas que atualmente diagnosticam o autismo que são a interação social, transtorno na comunicação e comportamento restritivo. O CID-10 ainda inclui a DM profunda, com descrição autista e a psicose infantil atípica.
• Sofrem de DM: 75% pertencem aos níveis de DM moderada (QI de 35 a 49)
• Têm alterações no desenvolvimento das habilidades cognitivas e perfil irregular, independente de seu QI
• Até mesmo nos casos de um bom funcionamento cognitivo, têm uma linguagem expressiva superior à receptiva.
• Apresentam uma extensa gama de sintomas de conduta: hiperatividade, birras, impulsividade, agressividade; comportamentos que ferem a si mesmas (cabeçadas, mordidas nas mãos, braços, etc.); reduzido campo de atenção, etc.
• Dão respostas extravagantes diante de estímulos sensoriais: elevado patamar para sentir dor, hipersensibilidade para certos sons, luzes e cores; fascinação por certos estímulos.
• Apresentam, freqüentemente, irregularidades na função alimentar: limitam-se a comer certos alimentos.
• Apresentam transtornos do sono: despertar recorrente, balanço noturno.
• Têm alterações de humor e na afetividade: rir ou chorar sem motivo aparente; ausência aparente de reações emocionais.
• Têm ausência de medo diante perigos reais ou medo excessivo de objetos não-prejudiciais.
• Apresentam crises epilépticas: aproximadamente 25% dos casos.
• Apresentam freqüentes alterações no eletroencefalograma (EEG), mesmo na ausência de convulsões epilépticas.
• Costumam ser tratadas como pessoas surdas.
• A incidência é de 4 a 5 vezes mais casos em homens do que em mulheres.
• Têm, quando adultas, uma excelente memória de longo prazo: lembranças de canções ouvidas há anos, de horários de trens, de datas históricas, etc., mas com informação repetitiva fora do contexto.
• Predomínio: 2 a 5 casos para 10 mil nascimentos vivos.
1.2 - IDENTIFICAÇÃO E AVALIAÇÃO DO AUTISMO
De acordo Marcelli e Cohen (2009), a etiologia do autismo é difícil de ser determinada, existem autores afirmam que no autismo predomina uma forma severa de déficit social, outros afirmam que no diagnostico do autismo deve conter deficiência no desenvolvimento da linguagem como mudança de uso de pronomes e a ecolalia; e as condutas estereotipadas e ritualistas como fixação em objetos (principalmente em objetos estranhos), grande resistência á adaptação a mudanças, solidão, etc.
O mesmo autor ainda afirma que atualmente não existe exame clínico ou paraclínico possibilita comprovação de sinais patognomônicos que confirme o diagnóstico do autismo infantil, no entanto o diagnóstico se baseia em:
• Identificação clínica de sintomas com ajuda de escalas e questionários;
• Avaliação das variáveis linhas de desenvolvimento em geral;
• Exames complementares escolhidos com cuidadosamente quando um sinal clínico justifica exploração mais aprofundada em âmbito particular;
Escalas e questionários:
Segundo Marcelli e Cohen (2009), as Escalas de Rimland, a Escala do Comportamento Autístico (ECA) de Barthélémy e Lelord, e a Escala de Comportamento Autístico-Bebê(ECA-N) de Sauvage são úteis:
- No exame inicial, determinar um exame completo;
- Para identificar um perfil singular e estado eficaz das dificuldades no primeiro exame;
- Avaliar a evolução diante as aplicações regulares;
- Manter a foco no tratamento e avaliar a eficiência das ações terapêuticas empreendidas;
- Para oferecer um suporte equilibrador que permita uma troca com os pais;
1.2.1 - CARS: ESCALA DE AUTISMO INFANTIL (CHILDHOOD AUTISM RATING SCALE)
Instrumento de Schopler ET al.(1980) avalia quinze condutas, esses quinze itens recebem pontos de um (conduta adaptada) a quatro (conduta inadaptada):
CARS
1. Relação com outras pessoas.
2. Imitação.
3. Reações emocionais.
4. Relação com o corpo.
5. Relação com objetos.
6. Adaptação á mudanças.
7. Reações visuais.
8. Reações auditivas.
9. Reações dos receptores próximos.
10. Angústia e nervosismo.
11. Comunicação verbal.
12. Comunicação não-verbal.
13. Nível de atividades.
14. Nível de constância no funcionamento intelectual.
15. Impressão geral de um especialista.
1.2.2 - PEP: PERFIL PSICOEDUCACIONAL
O PEP (Schopler e Reichler, 1979; Schopler, Reichler e Lansing, 1994) permite o diagnóstico das funções mentais da criança. Ele é aplicado em crianças DM e autistas com idades cronológicas compreendidas entre um e 12 anos e de nível educacional pré-escolar. Os resultados desse perfil são utilizados para adotar o programa TEACCH de ensino individualizado.
1. Imitação. Aprender a imitar está relacionado com a linguagem. Um item dessa competência consiste em imitar a tosse, que um bebê executa entre 5 e 12 meses.
2. Percepção. Os processos perceptuais são básicos para a aprendizagem. A criança de 6 a 12 meses vira a cabeça quando é chamada pelo nome.
3. Motricidade grossa. É uma das capacidades menos prejudicadas na criança autista. De 2 a 3 anos,a criança caminha na ponta dos pés.
4. Motricidade fina. Essa destreza permite realizar várias aprendizagens, entre elas a escrita. O bebê de 6 a12 meses passa um objeto de uma mão para outra.
5. Coordenação viso-manual. Integra a percepção e a motricidade fina. De 6 a 12meses, coloca uma colher em uma xícara.
6. Cognição. De 1 a 2anos, a criança reconhece sua imagem no espelho e sabe que é ela.
7. Linguagem/compreensão. De 1 a 2 anos,mostra com o dedo os objetos nomeados.
8. Linguagem/expressão. De 1 a 2 anos,utiliza pelo menos 20 palavras como vocabulário.
9. Autonomia. De 2 a 3 anos,tem um controle diurno de esfíncteres.
10. Socialização:1 a 2 anos, expressa emoções (afeto, prazer, raiva, ciúmes).
1.2.3 - ESCALA DE MATURIDADE SOCIAL DE VINELAND (EMSV)
De acordo Eugênio González & Cols, esta escala que Dool elaborou na reconhecida Vineland School (1947, 1970) corresponde a identificar a capacidade social que a criança possui para auto-cuidados e suas inter-relações diárias, no entanto também permite identificar transtornos da linguagem, na coordenação neuromuscular ou quando não pode fazer o uso da linguagem. A escala possui oito dimensões e cada uma contém itens que corresponde a uma determinada idade de maturidade social, ela identifica em crianças autistas o que outros não avaliam:
1. Cuidados gerais com si mesmo (SHG).
2. Vestir-se (SHD.)
3. Comer (SHE).
4. Comunicação (C).
5. Autodireção (SD).
6. Socialização (S).
7. Locomoção (L).
8. Ocupação (O).
1.2.4 - ESCALA DE INTELIGÊNCIA WECHSLER:
Segundo Eugênio González &Cols, as escalas de David Wechsler (1955, 1963, 1974) avalia a inteligência em três faixas cronológicas: 1-WPP-SI (pré-escolar e primária), de 4 a 6anos; 2- WISC, crianças de 6 a 15 anos e 11meses;3- WAIS, adolescentes (a partir dos 16 anos) até adultos; onde os autistas com inteligência normal se sobressaem na manipulação de cubos,porém, o mesmo não ocorre na parte verbal.
1.2.5 - AVALIAÇÕES CLÍNICAS E EXAMES COMPLEMENTARES
Segundo Marcelli e Cohen (2009), é essencial avaliar os sintomas e o desenvolvimento mental com ajuda de avaliações especializadas:
- Avaliação Fonoaudiológica, que avalia a audição em relaxamento e o nível de dicção da linguagem e seus aspectos fonológico, léxico, sintático semântico, pragmático e prosódico.
- Avaliação Psicomotora, para identificar a dimensão do retardo eventual, equilíbrio e a cinética tônico-postural.
-Avaliação neurológica e pediátrica, para investigar manifestações neurológicas discretas, como síndrome epilética. Ao lado da epilepsia, todas as encefalopatias deficitárias da criança podem ser acompanhadas de manifestações autísticas associadas (síndrome do X frágil, de Angelman, de Williams, etc.). É também necessário determinar os exames complementares para completar a avaliação clínica quando há algum sinal de alerta e as explorações empreendidas no âmbito da pesquisa. (Marcelli e Cohen, 2009).
Outros instrumentos = Outras escalas utilizadas para diagnóstico evolutivo da criança autista.
1.3 - AS DIFICULDADES DE UM AUTISTA
Dificuldades de Comunicação: caracterizada pela dificuldade em utilizar com sentido todos os aspectos da comunicação verbal e não verbal, incluindo gestos, expressões faciais, linguagem corporal, ritmo e etc.
Dificuldade de sociabilização: sendo o ponto marcante no autismo, é o mais fácil de gerar falsas interpretações. O autista possui dificuldade de se relacionar com outros, com incapacidade de compartilhar sentimentos, gostos e emoções, possuindo também dificuldade na discriminação entre diferentes pessoas.
Dificuldade no uso da imaginação: é caracterizado por rigidez e inflexibilidade e se estende às várias áreas do pensamento, linguagem e comportamento infantil, podendo ser exemplificado por comportamentos obsessivos e ritualísticos, falta de aceitação das mudanças e dificuldades nos processos criativos.
1.4 - CONSIDERAÇÕES FINAIS
Durante a pesquisa das dificuldades dos autistas, sobressaiu a relacionada à educação, à adaptação destes no ambiente escolar. Diversos autores mencionaram a necessidade de um trabalho multidisciplinar, na tentativa de fazer do autista um sujeito bio-psico-social
Nos deparamos com vários procedimentos auxiliares à identificação e avaliação do autismo, e nos afastamos de mitos criados pela sociedade a respeito do tema. As dificuldades apresentadas podem ser diminuídas a medida que forem trabalhadas conjuntamente (família/escola), notamos que há diversidade entre opiniões de vários autores quanto ao acreditam no ressarcimento do prejuízo motor, ao colocar a criança autista junto a outras que estejam a explorar o local onde se encontram; o estímulo ao imaginário, à criação de brincadeiras, de regras, etc., assim elas estarão com certeza enriquecendo suas interações sociais. Dentro das possibilidades da criança haverá ampliação de suas habilidades de acordo com os desafios que lhes forem sendo apresentados.
Se é possível esse aumento nas condições motoras do autista, pensemos também no desenvolvimento da linguagem deste, a linguagem alternativa, que pode se dar por meio de estímulos visuais, de acordo com a pesquisa, vimos que em muitas situações, por exemplo na escola, o estimulo à comunicação fica muito aquém do que realmente as crianças podem desenvolver.
Notamos uma expansão considerável de pesquisas sobre os aspectos sociais e cognitivos na área do autismo. Entretanto, uma interpretação única e final do conhecimento acumulado ao longo dos anos ainda não chegou ao seu ápice, visto que temos varias teorias, varias opiniões que nem todos comungam.
Algumas teorias não dão conta da extensão das diferenças individuais “do espectro”, embora tenham contribuído para desmontar, em parte, o que seria um individuo com autismo.
Concluímos então que são necessários mais estudos que investiguem não somente as deficiências, mas também as competências sociais destes indivíduos. Pensa-se que o conhecimento acerca dessas diferenças possa ter implicações para a identificação da síndrome no individuo novo. Pois vimos que as crianças autistas mais ‘competentes’ do que as outras são aquelas que receberam o diagnostico de autista mais tarde.
Finalmente, vimos que esse campo tem sido dominado pela polêmica em torno de prioridades causais (afetivas, cognitivas, biológicas) na determinação da síndrome. Ainda que a interação desses diferentes processos tenha sido proposta e reconhecida em termos teóricos por vários autores, o trabalho com ele ainda constitui um grande desafio aos futuros estudos.
REFERENCIAS:
GONZALEZ & COLS, Intervenção Psicoeducacional. Porto alegre: Artmed, 2007
JONES, G. Disabling children: autism, the effect on families and professionals. Educational and Child Psychology, 1997 (www.pucsp.cursopsico.org/cursos)
Kanner, L. (1943). Autistic disturbances of affective contact. Nervous Child, 2, 217-250(www.pucsp.cursopsico.org/cursos)
Kanner, L. (1971). Follow-up study of eleven autistic children originally reported in 1943. Journal of Autism and Childhood Schizophrenic, (www.pucsp.cursopsico.org/cursos)
MERCELLI,David Cohen, Infância e psicopatologia. Porto alegre: Artmed, 2009