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Selma Pereira


Sem Sentido
Sem Sentido

 

Antes de qualquer sopro de vida ou de morte, ou qualquer sentimento que venha a introjectar no âmago humano, existe a terrível esperança. Tão terrivelmente alucinante que quando se está sozinho diante de um exército forte e impenetrante, valente e furioso, a esperança é capaz de florir ali, bem ali no campo de batalha.
A Pessoa tem que con-viver diariamente com o medo. Com repentes curtíssimos de felicidade. Sorriem por uma pequena coisa. Morrem por grandes coisas.
Muitos fogem da vida, maldizem a própria sorte e não buscam maneiras práticas de viver. Fugir da vida e do sentido da Existência.
Qual o propósito de uma vida sem sentido, sem um objeto de busca e de desejo?
Qual é, de verdade, o Sentido.
Se a vida é uma missão não tem sentido algum tantas buscas incompletas.
Sem contar das vidas ceifadas antes do romper da Aurora da Existência.
Ignorando as interrupções da vida antes dos trinta anos.
Ou excluindo a possibilidade de uma vida vazia aos sessenta.
Qual o sentido da existência e quantos o descobrem.
Quão miserável é a condição humana dominada pelos deuses e pelos próprios humanos.
Quão triste é a vida de quem nada pode fazer além do que já foi feito.
Quão triste é a morte quando se dela nada pode aproveitar.
Que vida sem sentido...