Criar uma Loja Virtual Grátis







Selma Pereira


Quem é normal e quem não é?
Quem é normal e quem não é?

Limite entre a Normalidade e a PAtologia: Sobre o Texto de Dalgalarrondo

  
“Quão bela seria a Loucura; se essa não fosse não dolorosa para os que a tem”.
 
Existem termos dentro da área Psi que são tão complexos quanto a própria definição do termo. É o caso de conceituarmos ou definirmos os termos Normal e Patológico.
 
De acordo com o texto lido, a “negociação” entre o que é normal e o que é patológico está em todas as esferas de estudo e investigação, deixando assim, de ser exclusividade da psicopatologia, adentrando o mundo da medicina e das relações sociais e outras áreas.
 
Chamou-me a atenção como esses dois termos caem bem em todos os setores; seja cultural, social, da medicina, da psicopatologia, e, como cada mundo se adaptou a uma idéia, a um padrão de normalidade para daí então criar o denominado patológico.
 
Interessante também, no texto, é a distancia entre os dois termos: Qual o ponto referencial do qual se parte a definição de normal e patológico? O que é costume, Ethos, o que está fora do padrão e qual o determinante? Está fora de padrão para quem e por quê?
 
O normal é o “adaptado ao meio”, o “ausente de sintomas”, pode estar entre o contexto social e o significado cultural de um determinado fenômeno. Para o autor, a normalidade ideal é Utopia.
 
De acordo com o texto, nem sempre damos conta do que é normal e do que é patológico, isso nos mostra que só diferenciamos os dois termos em questão quando a “fenda” que os separa está bastante larga, quando a patologia está bastante nítida, ou, nas palavras de Koffa, “(...) quando o excesso de normalidade está saindo pelo rabo”.
 
Noto também que, já que o autor afirma ser uma utopia a normalidade ideal, que o normal é o adaptado ao meio, ou mais caracteristicamente, a pessoa normal seja aquela que não possua doença mental; estamos diante de um teorema cujo caminho ainda está para ser percorrido, que abre alas para grandes descobertas em várias áreas de pesquisa.
 
A partir do texto lido, pensei em classificar o patológico como um comportamento desviante (considerando Lapassade - Psicologia de Grupo),  aquele que difere  da média e nos remete a uma reflexão; todavia, criado por nós a partir de fluidos imaginários e uma concepção de comportamento ideal.